Destralhar para Adocicar
Li este texto, há algum tempo, no perfil da Flavia Lippi, no Facebook. Vamos a ele!
Diz dona Francisca, minha
faxineira, que acaba de chegar.
- "Antes de dar uma
geral na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona
Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos
manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".
Falando nisso, "vida
nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".
Já ouviu falar em toxinas
da casa? Pois são:
- objetos que você não
usa,
- roupas que você não
gosta ou não usa há um ano,
- coisas feias,
- coisas quebradas,
lascadas ou rachadas,
- velhas cartas,
bilhetes,
- plantas mortas ou
doentes,
-
recibos/jornais/revistas, antigos,
- remédios vencidos,
- meias velhas, furadas,
- sapatos estragados...
Ufa, que peso! "O
que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona
Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela
diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa... O
'destralhamento' é a forma mais rápida de transformar a vida e ajudar as outras
eventuais terapias. Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se
aprimoram...
É comum se sentir
cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois
"existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".
Outros possíveis efeitos
do "acumulo e da bagunça":
- sentir-se
desorganizado; fracassado; limitado; aumento de peso;
apegado ao passado...
No porão e no sótão, as
tralhas viram sobrecarga;
Na entrada, restringem o
fluxo da vida;
Empilhadas no chão, nos
puxam para baixo;
Acima de nós, são dores
de cabeça;
"Sob a cama, poluem
o sono".
"Oito horas, para
trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."
Perguntinhas úteis na
hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando
isso?
- Será que tem a ver
comigo hoje?
- O que vou sentir ao
liberar isto?
...e vá fazendo pilhas
separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!
Para destralhar mais:
- livre-se de barulhos,
- das luzes fortes,
- das cores berrantes,
- dos odores químicos,
- dos revestimentos
sintéticos...
e também...
- libere mágoas,
- pare de fumar,
- diminua o uso da carne,
- termine projetos
inacabados.
"Acumular nos dá a
sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a
sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa ideia e, assim, perde contato com
o sagrado instante presente.
Dona Francisca me conta
que "as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo"...
a gente deveria de ser assim, ela diz:
"Destralhar ajuda a
adocicar."
Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar?
(Autoria: Carlos Solano - Revistas Bons Fluídos, abr/08)
Gleide,
ResponderExcluirTenho quase certeza de que esse texto é do arquiteto Carlos Solano, que escrevia uma coluna na revista Bons Fluidos. Deve dar pra achar alguma coisa a respeito pesquisando na internet.
Beijos,
Aline
Obrigadão, Aline!
ExcluirTenho 'pavor' de não citar a fonte... rs... Não encontrei o arquivo na Bons Fluidos (eles mantêm arquivo até 2010), mas várias publicações referentes ao texto ter sido publicado lá pelo Carlos Solano.
Beijos!