A tristeza (era) senhora ♥
♫♪♫
tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece,
no quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza
embora
♫♪♫
♫♪♫
Mil novecentos e noventa e três. Dezesseis anos. Paixão platônica
pelo cara mais inteligente da sala. E nem era o mais bonito. Na verdade,
naquela sala, não existia um cara bonito – que eu lembre! Rs...
Ficaram algumas lembranças
desta paixonite. Três ou quatro músicas fazem parte destas lembranças. Saudosa
Maloca escrita na lousa, provavelmente pela turma do noturno, que ele viu ao
entrar na sala e cantou. Certeza que saio deste plano e embarco para Shangri-lá sempre lembrando dele, ao ouvir a música do Adoniran Barbosa eternizada pelos Demônios da Garoa!
Outra lembrança. Caetano
Veloso e Gilberto Gil. Tropicália 2. Celebração de 25 anos do movimento Tropicália.
Disco. Show.
( um beijo pro Google, pois não
lembraria de tantos detalhes! )
Eu não fui ao show. Ele foi. Assisti
pela televisão a transmissão ao vivo. E lá, no meio da multidão, ilusão de
menina apaixonada ou não, penso tê-lo visto sobre os ombros de alguém, cantando
uma das músicas, que nem era esta (Toda Menina Baiana).
Sensação de tristeza e solidão.
Por não estar perto de duas paixões: Caetano e do Menino-de-cabelo-escuro-comprido-e-lambido.
Quando Caetano e Gil cantaram
Desde que o Samba é Samba me presentearam com o tema musical ideal para a minha
infelicidade (adolescente é muito drama queen!)!
♫♪♫
A tristeza é senhora,
Desde que o samba é samba é assim
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura,
a noite e a chuva que cai lá fora
♫♪♫
♫♪♫
Lembrei desta música hoje,
porque aquela entidade (TPM), que escreve por mim vez ou outra, resolveu me
assombrar com a sensação de tristeza e solidão. Como faço questão de trilha
sonora em todos os momentos da minha vida, mesmo tendo deixado a adolescente lá
atrás (será?!), fui logo procurar ouvir a música, para coroar a infelicidade
momentânea (oi?!).
O bom é que a música me levou
a 1993. Revivi esta história. Acabei sorrindo em frente ao computador, enquanto
escrevia e rememorava meus dramas. Que delícia! Sim, é delicioso rever algumas
histórias, relembrar algumas pessoas e acontecimentos. Mesmo que nos pareçam
tristes. E este evento foi extremamente triste para mim na época.
(Outro dia, folheando a
revista Glamour, um editorial de moda com coletes jeans me fez voltar à época
da adolescência, quando eu desfilava com uma peça igual a uma que estava na
revista. Mas, esta é outra história.)
No fim das contas, Caetano,
aqui com Seu Jorge, cantarolando baixinho no meu ouvido, foi me levando para
longe da sensação de solidão. E é assim que escrevo este texto.
♫♪♫
Cantando eu mando a tristeza
embora
Cantando eu mando a tristeza
embora
♫♪♫
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