Sexta-feira
Havia a sexta-feira, o sol e a sensação no peito de que a vida, fértil, paria novos sonhos e esperanças.
Havia as palavras, os vários blocos de notas - uma mania -, a promessa da escrita e as inspirações solicitando sua atenção, doidas para verem-se reproduzidas em papel, num amontoado de letras que em algum momento faria sentido.
Separou o blazer vermelho, a sapatilha azul, a camisa fluida que lhe caía bem. Arrematou tudo com uma legging - vilã da moda, no passado, diva, nos últimos anos -, porque valorizava suas pernas e coxas torneadas. Sexta-feira, é bom valorizar o que é bonito. Pena que não era, ainda, possível vestir-se de palavras.
Celular, bolsa, óculos de sol, rua, ônibus. Céu azul, nuvens de algodão no céu e trânsito padrão SP.
Sentou-se. Escolheu Princesa, do Ludov. Bloco de notas do celular. Escreveu.
Era sexta-feira.
Imagem: We Heart It |
Comentários
Postar um comentário