O destino costuma estar numa curva da esquina...
“O destino costuma estar numa curva da esquina, no atravessar de uma rua ou na mesa de um bar. Mas uma coisa que ele não faz é visita em domicilio. É preciso ir atrás dele.”
Recebi da Cris essa frase outro dia... frase que vi hoje e lembrei de nós – mania dela de colocar o conteúdo do e-mail no ASSUNTO... rs... Não há como ter dúvidas do que eu vou ler...!!!
Somos inconstantes e estamos em eterna evolução. Nada deveria nos surpreender. Contudo, eu ainda me surpreendo com algumas mudanças em mim. Até me assusto algumas vezes.
Ir atrás do nosso destino, “fazer acontecer” como canta o Geraldo Vandré era algo muito distante em minha vida. Engraçado como era mais fácil ficar em casa, resmungando que a vida não acontecia para mim. Como se fosse ela – a vida – responsável pelas minhas frustrações, pelas minhas não-realizações. Vejo como pensar e agir dessa forma era surreal. Porém, era cômodo. Era confortável. Não me ameaçava.
Meu coração sempre foi livre e aventureiro. Sempre fui idealista, utópica até. Não concebo como pude viver tantos anos na mesmice do comodismo. Isso talvez explique o fato de eu sempre ter sido tão sonhadora. Era minha válvula de escape.
Hoje, sinto orgulho de me identificar com a frase que a Cris enviou. De saber que eu piloto o avião da minha vida. Que deixei a zona de conforto.
É muito difícil ainda. É difícil assumir quem eu sou de verdade. A mulher segura que aquela moça identificou tão bem no dia 25 de outubro de 2008 e que só eu não via, embora a soubesse.
Eu sou supermegablaster tímida, tenho dificuldade em olhar no olho, em verbalizar o que eu sinto, mas sei o que quero. Adoro novos desafios, conhecer novas pessoas, visitar novos lugares. Tenho medo – e muito – de deixar passar pessoas interessantes, histórias importantes, de julgar os outros (disso tenho horror!). Acho que meus medos me movem. E desse ponto de vista, o medo é bom.
Fiz e faço diferença na vida de muitas pessoas. Aprendi a enxergar e assumir os meus pontos positivos, minha aptidão para compreender sem julgar, meu dom natural de ser mãezona, de ouvir, de cuidar. Luto ainda bastante para não trazer para mim os problemas dos que eu amo, dos que me são queridos. Essa parte é a que dá mais trabalho.
A certeza que tenho hoje é que chegou a hora de fazer diferença na vida da pessoa a quem mais devo ter amor: EU. Esse é o meu foco. Dar a Gleide todo o amor, carinho e compreensão que eu sempre fui capaz de doar aos outros. Complicado olhar para si. Complicado cuidar de si, sem parecer egoísta. Porém, acho que no fundo todos ganharão: eu, um ser humano mais completo, minha família, meus amigos e – espero que ele esteja já por perto – o homem que vai dividir/somar/multiplicar a vida comigo.
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